terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Quem dera.

Por: Rodrigo de Moraes Pinheiro


Quem dera algumas coisas fossem diferentes.
Queria eu que as certezas fossem permanentes.
E que ás dúvidas fossem menos recorrentes.
Quem sabe assim, seria eu, feliz facilmente!

Que a esperança fosse menos ausente.
A maturidade um pouco mais condizente.
A sinceridade bem que poderia ser fluente.
Os problemas poderiam desaparecer somente.

O amor deveria ser sempre correspondente.
E o sorriso sempre ser, uma alegria presente
O choro secaria inadvertidamente.
E as alegrias durariam eternamente.

A vida seria mais fácil simplesmente.
Todos saberiam o que fazer automaticamente
Todos seriamos menos prudentes
Pois estaríamos livres de qualquer acidente.

A tristeza não mais existiria
E os problemas seriam facilmente evitados
A realidade vivida diferente seria
E os versos mais facilmente rimados

Viver a vida de cor e salteado,
A alegria assim se torna um cadeado.
Onde nenhuma outra realidade seria viável
Sem liberdade de ser algo modificável.

A vida sem tristezas perde a graça,
A graça da improbabilidade
Sem surpresas, nem desgraças.
Sem criar maturidade.

Cresce quem pode viver.
Vive quem no sofrer pode cair.
Sofre quem noutro dia pode sorrir.
Sorri quem tem a chance de crescer.

Felicidade é poder viver,
Poder sofrer,
Amadurecer.

Ser feliz sem dificuldade!
Não quero essa possibilidade.
Ela não é a verdadeira felicidade.

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