sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Sem título (e nem pretensão de ter)

Por: Rodrigo de Moraes Pinheiro

Gostaria de mais sinceridade...
Não que mintam muito para mim, não é isso.
Não que eu tenha visto muita falsidade, mas falta autenticidade.
Falta poder ser o que se quer ser, fazer o que se tem vontade, sem se preocupar com o que vão achar ou imaginar.
Me falta coragem pra eu ser o que sou,
Coragem pra dizer que estou com medo,
Coragem pra chorar.
Coragem pra dizer que me sinto só
Me falta coragem pra ser sincero.
Me falta ser mais criança, pois elas são sinceras.
E pra ser sincero é preciso muita coragem.
Todos nós temos momentos que somos corajosos.
Mas também temos momentos nos quais o medo nos torna falsos.
O difícil é, mesmo sentindo medo, conseguir ser sincero,
Sinceridade é um dom, destinado a todos os humanos,
Um dom que esquecemos ao deixar de ser criança.

Só consigo me libertar do medo de ser sincero em alguns momentos.
Geralmente esses momentos acontecem quando estou sozinho, com um lápis e um papel.
Pois sozinho com uma folha, do que terei medo?
Ninguém me vê, ninguém me cobra nada, eu não me cobro.
Posso ser eu, escrever o que vem a mente, depois eu posso jogar fora, ou guardar... eu posso tudo com essa folha! eu posso tudo comigo mesmo, a Folha sou eu! posso inclusive criar coragem e mostrar as letras que escrevi, as palavras que formei, as frases que montei, e os sentimentos que nelas joguei.
Posso mostrar a outros o que sou eu, e assim achar minha autenticidade.
Quero liberdade pra ter meus momentos, quero poder gritar, xingar e chorar quando eu quiser, sem sofrer represálias ou ouvir conselhos e sermões, quero simplesmente ser, sem ter que me importar com o que vão pensar.
Quero me apaixonar, sem vergonha do que vão pensar, sem medo do que eu próprio pensaria.
Quero coragem pra dizer que amo e que odeio.
E dane se se é certo ou errado, não me importo com isso, me importo com o que vai gerar! E que gere vida. Risadas, alegria, sorrisos, reflexões, vontade, força ou coragem, aquele sentimento que você precisa.
E dane-se se você achou o texto bagunçado, se diz que todo texto precisar ter um inicio, meio e fim, nos meus textos estão minha vida, nela não existem inícios, meios e nem finais, nela só existe o agora.
E o agora só existe graças a vontade e à coragem pra viver cada momento como sendo único, pois na realidade eles são mesmo!

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