sábado, 5 de novembro de 2011

Uma história do meu pai

Uma história do meu pai

Estava no telefone com meu pai... Falamos sobre como estava minha vida e talz... Foi então quando ele me contou da dele, em um momento igual ao meu...:

“Filho, quando tinha a sua idade, eu só tinha duas coisas que gostava na vida: de jogar bola e do meu melhor amigo. Mulheres? Sim, claro. Mas só as das festas até o momento.

Dividi com esse meu amigo as melhores partidas de futebol, as melhores encrencas de bar, as melhores broncas dos pais, os melhores foras das meninas... A vida foi e crescemos!

Adorávamos a vida até então!... Ah! Quantas brigas em jogos do São Paulo nos estádios! Dos copos de xixi que jogávamos na arquibancada! Riamos e apanhávamos juntos!

Mas aí, ele se apaixonou! Até então era muito engraçado, ele todo besta como nunca antes! Sempre tentava chamar ela pra tomar tubaína no bar do Expedito! Mas aí... ele conseguiu...

Depois disso, fiquei só com o futebol e alguns amigos de menor valor... Ia nos estádios com amigos que fazia ali mesmo na fila... me metia encrenca sozinho, e não era nem um pouco engraçado agora... passava por poucas e boas no serviço, e passava sem compartilhar. Não tinha celular ou internet pra compartilhar as coisas...

Saímos poucas vezes no começo, e já não era igual... Mulher,meu filho, faz a cabeça de qualquer pessoa. Faz a opinião dela sempre ser levada em consideração, até mesmo onde ela não entende doque se trata. E ela não gostava muito de mim... Aí já viu...

Aí, encontrei sua mãe e abandonei o que me restava... larguei o futebol.
Fiz da sua mãe e vocês, filhos, tudo o que eu tinha e tudo o que importava.

Amigo? Desculpe te desanimar filho, mas essa palavra se perde quando você vira adulto. Ou, ela transforma em algo muito menor... Amigos eu encontro uma vez ou outra na igreja, em um churrasco anual na casa de um, em um casamento de alguém em comum, ou em um velório.

O que você esta passando é normal e comum... Crescemos, filho. E um dia, morreremos.
Sinto sua dor, e sei da sua angustia... me é muito familiar... Mas encontre uma mulher e a ame! Faça da sua família tudo o que importa. É o natural da vida. Quase todos são assim...

Assim como você teve que cortar seu cordão umbilical comigo e com sua mãe na adolescência, tera que fazer isso com os amigos quando se tornar adulto.

É uma nova fase, como as anteriores foram! Seja forte!

Seu pai esta aqui se precisar!

E você vai ter a mesma conversa com o seu filho quando você for pai!”

H.



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