domingo, 18 de setembro de 2011

O campo de batalha.

Por: Rodrigo de Moraes


Meu campo de batalha está em paz,
O rio está límpido, seguindo seu fluxo natural.
A fumaça já se dissipou, o ar esta leve.
Os mortos já foram enterrados com suas devidas memórias preservadas;
Suas lápides estão talhadas com palavras simples.
Os feridos já saíram da enfermaria, limpos, voltaram pra suas famílias;
Abraçam seus filhos e recebem um beijo de suas esposas.
Fim de guerra.

Meu campo de batalha se torna assim uma campina extensa e verde;
O mato é rasteiro, e o vento aconchegante;
O sol e a chuva o deixa como um gramado bem cuidado.
No meu campo de batalha, hoje correm animais e seus filhotes. Brincam, vão até o rio que corta o campo, saciam sua sede próximo a flores que nascem às margens do mesmo.


Meu campo de batalha se tornou um ponto de descanso.
Ali há lazer, é um local onde se tem paz.
A guerra finalmente está encerrada...

Sei que algum dia que novas batalhas serão travadas alí;
Este campo se tornará amargurado e vermelho novamente;
Terá uma densa neblina cobrindo toda sua extensão impedindo o calor do sol.
Até que o vento o recupere, o sol volte a brilhar, a chuva o alimente;
e também voltará a ser descanso.

Assim minha vida anda, em ciclos que se repetem, cabe a mim aproveitar o melhor de cada parte do ciclo.
Ciclo este que alguns chamam de destino.
Posso cercar este campo, fechá-lo com grades para que ninguem o maltrate novamente, mas, se eu fizer isso o campo será solitário.
E ao estar sentado ao pé de uma das poucas arvores que existem alí, nunca poderá aparecer alguem para aproveitar junto essa paz.
Aproveitarei enquanto o meu campo dá o seu melhor, sem fechá-lo para novas possibilidades.

Quem sabe um dia o ciclo se quebre...
Esperança.

Dedico este texto a alguns amigos que me mostram que é preciso seguir em frente sem abandonar o que é belo. nossa essência não deve ser alterada por fatores externos, as guerras não podem tirar o que o seu campo tem de bom a oferecer.
Abraços Especiais a Camilo Oliveira, Camila Montino, Silas Duarte Lima e Villy Fomin.


4 comentários:

  1. É... Esse campo é bonito mesmo... Mas cuidado que pode chegar uma vaca e acabar com tudo!

    kkkkkk

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  2. hahahah uma vaca também é parte das possibilidades.

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  3. Muito bom o texto Rodrigo... Realmente a vida é assim, na visão de um campo de batalha foi perfeito. Cabe vc ter um olhar pra cada situação.

    Que o seu campo esteja eternamente em paz!

    Abraçooo Manooo

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  4. Rodrigo, garantidamente um dia o ciclo se quebrará! Este será o dia da segunda volta de Cristo, que virá nos buscar para levar-nos à Canaã celestial, onde não haverá mais pecados nem guerras, onde o campo sempre estará em paz, onde poderemos louvar a Deus todos os dias da nossa eterna vida na sua santa presença.
    Amem!
    Irmão Guilherme Faule

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