terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A lágrima

Por: Rodrigo de Moraes Pinheiro

Sabor de praia,
Carregada de lembrança,
De dor
Faísca de esperança,
Pesa a vida inteira, e derruba barreiras.
Nos mostra humanidade sem eira nem beira.

Percorre do olho até o produto do poeta,
Espalha e borra a mente fértil e discreta
A escrita fica turva com o peso desta gota,
Que escorre, comove, expulsa alma pela boca.
Se eu ainda usasse papel e caneta,
Impossível seria fazer letra perfeita,
O peso da lagrima, limita os meus movimentos.
Enquanto escrevo, eu lembro o peso dos momentos.
Liberar a dor, libertar o amor,
Na escrita de uma carta, seja ela a quem for.
Lembrança, sempre leva a uma mudança,
Esqueça o seu adulto e se torne uma criança

Aquela que você, um dia ja foi.
Olhava surpreso pra uma simples flor.
Tudo era novidade, e tudo hoje insanidade.
Se lembra do tempo em que era só felicidade?
Verdade. Era bom ser criança!
Tudo na vida era uma só bagunça
A unica lagrima que corria em meu rosto,
Era o choro da criança castigada sem gosto.
Ou quando eu caia, me ralava e doía
Havia aprendizado junto a lagrima que vinha

Hoje só me dói, atropela, corrói,
Eu, super humano, essa imagem ela destrói.
Tolo. tentei domar a minha alma,
E agora ela me arranca até a calma.
Sem lagrimas!
Queria me tornar como uma maquina,
E agora sai do olho
Água pesada como óleo

Essa é minha alma!
Liberta em minha lágrima

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